Os 7 Pecados Capitais
21 setembro 2007
Eu estou um tanto quanto ocupado demais nesses dias, com a minha vida acadêmica. Nada muito preocupante, apenas tenho que dedicar minha atenção um pouco acima do que o necessário. Mas logo volta ao comum.
Então, para não deixar este blog as favas, resolvi colocar o texto que mais me agrada, aquele que é o meu xodó. Originalmente ele foi dividido em quatro capítulos, porém aqui eu o coloco na integra. Espero que vocês gostem dele da mesma maneira que eu gostei.
Ele foi postado, originalmente, entre 25 e 30 de janeiro, e teve no total 61 comentários.
-------------Então, para não deixar este blog as favas, resolvi colocar o texto que mais me agrada, aquele que é o meu xodó. Originalmente ele foi dividido em quatro capítulos, porém aqui eu o coloco na integra. Espero que vocês gostem dele da mesma maneira que eu gostei.
Ele foi postado, originalmente, entre 25 e 30 de janeiro, e teve no total 61 comentários.
A Iaiá, do Se conselho fosse bom, me convidou para fazer um texto de como eu vejo os Sete Pecados Capitais. Antes de continuar, só gostaria de fazer um comentário: é estranho como sempre lembramos dos sete pecados, mas não nos lembramos das sete virtudes.
Voltando ao assunto, resolvi aceitar o convite e fazer o texto sobre como eu vejo os pecados capitais. Melhor que isso: resolvi entrevistá-los.
Só para lembrar quais são os Sete Pecados Capitais: Arrogância, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula e Luxúria.
Na minha pesquisa, e para a minha sorte, descobri que Avareza e Luxúria são casados. Ao chegar, percebi que a casa é grande, porém de arquitetura simples.
Sou recepcionado pela Luxúria. Ela lembra uma dessas socialites que aparecem no programa do Amaury Jr.
Luxúria: Entre, não seja tímido. Estamos muito animado com essa entrevista e... Você não tinha uma roupa melhor? A sua está tão... tão... pobre e simples! Não repare na aparência simples de nossa casa. Já foi difícil fazer com que meu marido Avareza comprasse essa.
Eu: Isso prova a frase: os opostos se atraem...
L: O que você disse?
E: Nada não, apenas pensei alto.
L: Ahhh.
Quando entrei, o contraste com o exterior da casa é berrante. É quase um palácio! Sem querer, disse "uau".
L: Foi difícil convencer aquele velho avarento a ter, pelo menos, o interior da casa elegante.
Encontro Avareza em seu escritório, contando dinheiro. Sua roupa era simples e em tons escuro. Total contraste com Luxúria.
Avareza: O que você quer? Seja rápido, pois tempo é dinheiro.
E: Bem, eu só queria saber como é ser Avareza nos tempos atuais. E também como é ser Luxúria.
A: É complicado. Agora com essa onda de neoliberalismo, esquerdismo e blábláblá. Sinto falta da época do mercantilismo.
E: Mas ainda existe a acumulação de capitais...
A: Mas não é como antes. E ponto final.
E: Certo... E com a senhora, Luxúria. Como é ser Luxúria atualmente.
L: Ahhhhh é o must! As pessoas gastam, se mostram, é maravilhoso. É só ver como as pessoas gostam de ostentar seus poderes aquisitivos. Isso me fez lembrar de um casaco de pele lindíssimo que eu usei numa viagem para Paris, junto com a Inveja. Aliás, ela ficou com mais inveja ainda. Mas o Avareza só ficava reclamando o tempo todo e...
A: Claro, você gastava todo meu dinheiro! Você não sabe o suor que foi para acumular ele e...
L: Lá vem você novamente...
E foi iniciada uma discussão. Como vi que o papo ali não iria render nada, resolvi sair e ir para meu próximo alvo: Preguiça.
Voltando ao assunto, resolvi aceitar o convite e fazer o texto sobre como eu vejo os pecados capitais. Melhor que isso: resolvi entrevistá-los.
Só para lembrar quais são os Sete Pecados Capitais: Arrogância, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula e Luxúria.
Na minha pesquisa, e para a minha sorte, descobri que Avareza e Luxúria são casados. Ao chegar, percebi que a casa é grande, porém de arquitetura simples.
Sou recepcionado pela Luxúria. Ela lembra uma dessas socialites que aparecem no programa do Amaury Jr.
Luxúria: Entre, não seja tímido. Estamos muito animado com essa entrevista e... Você não tinha uma roupa melhor? A sua está tão... tão... pobre e simples! Não repare na aparência simples de nossa casa. Já foi difícil fazer com que meu marido Avareza comprasse essa.
Eu: Isso prova a frase: os opostos se atraem...
L: O que você disse?
E: Nada não, apenas pensei alto.
L: Ahhh.
Quando entrei, o contraste com o exterior da casa é berrante. É quase um palácio! Sem querer, disse "uau".
L: Foi difícil convencer aquele velho avarento a ter, pelo menos, o interior da casa elegante.
Encontro Avareza em seu escritório, contando dinheiro. Sua roupa era simples e em tons escuro. Total contraste com Luxúria.
Avareza: O que você quer? Seja rápido, pois tempo é dinheiro.
E: Bem, eu só queria saber como é ser Avareza nos tempos atuais. E também como é ser Luxúria.
A: É complicado. Agora com essa onda de neoliberalismo, esquerdismo e blábláblá. Sinto falta da época do mercantilismo.
E: Mas ainda existe a acumulação de capitais...
A: Mas não é como antes. E ponto final.
E: Certo... E com a senhora, Luxúria. Como é ser Luxúria atualmente.
L: Ahhhhh é o must! As pessoas gastam, se mostram, é maravilhoso. É só ver como as pessoas gostam de ostentar seus poderes aquisitivos. Isso me fez lembrar de um casaco de pele lindíssimo que eu usei numa viagem para Paris, junto com a Inveja. Aliás, ela ficou com mais inveja ainda. Mas o Avareza só ficava reclamando o tempo todo e...
A: Claro, você gastava todo meu dinheiro! Você não sabe o suor que foi para acumular ele e...
L: Lá vem você novamente...
E foi iniciada uma discussão. Como vi que o papo ali não iria render nada, resolvi sair e ir para meu próximo alvo: Preguiça.
Fui me encontrar com Preguiça. Pelo nome, eu já sei que o papo não vai ser longo. Mas vou tentar extrair o que eu realmente quero: como é ser Preguiça atualmente.
É uma casa de veraneio, bonita pra caramba! E ela tem um clima que dá uma preguiiiiça. Nunca bocejei tanto na minha vida.
Encontrei Preguiça deitado numa rede, instalado perto de uma piscina. Era bem a imagem que eu tinha em mente. Quando me viu, pediu para que eu deitasse na rede próxima a dele.
Preguiça: Rapaz, mas me deu uma preguiça danada de te cumprimentar melhor, he he!
Eu: Imagino...
P: He he, eu realmente faço jus ao meu nome!
E: Antes que eu faça a pergunta principal, me queria saber como é que você cuida dessa casa. Deve ser cara...
P: E é! Só que um dia eu tive uma idéia de como Avareza poderia acumular mais dinheiro sem gastar tanto. Claro que só iria dizer se eu tivesse participação nos lucros. Ele topou, e aqui estou eu! He he.
E: Realmente, deve ter sido uma excelente idéia.
P: Opa! Sou preguiçoso, não burro.
E: Percebi. Mas me diga, como é ser Preguiça nos tempos atuais.
P: Igual. Não mudou nada desde que o mundo é mundo. Tem os trabalhadores e tem os preguiçosos. Eu costumo dizer que preguiça é igual a papel higiênico. Pode ter os aromatizados, os com folhas duplas, mas o formato original se mantém. A mesma coisa com a preguiça.
E: Nunca pensei dessa maneira.
P: Sobre a preguiça?
N: Não, sobre o papel higiênico.
P: Ahhh. Agora, vou descansar um pouco. Essa conversa me deu uma preguiça, he he he! Aproveite e descanse também.
Aproveitei e descansei também, afinal, ninguém é de ferro! Depois do descanso, fui procurar o meu próximo alvo: Ira.
Ira mora em um apartamento. Dois quarto. Bem classe-média, em um bairro tranqüilo. Entrei no elevador e fui até o andar onde mora Ira. Chegando, toquei a campainha e tive uma surpresa.
Gula: Olá! Você deve ser o Wagner. Entre.
Eu: Oi. Prazer. Você é Ira, não é?
G: Não, eu sou Gula!
E: Gula?!? Ué... achei que Ira morava aqui...
G: Sim, sim. Ela mora aqui. Eu só estou visitando. Somo muito amigos.
E: Ah, legal e... peraí. Ira é mulher?
G: Você achava que era homem?
E: É.
G: Normal. Mas ela é mulher.
Nisso aparece Ira. Longos cabelos molhados, roupa confortável, bonita até.
Ira: Oi. Você deve ser o Wagner. Tudo bem? A gente vai almoçar agora. E modéstia a parte, sou uma excelente cozinheira.
G: É sim! Por isso que sempre venho aqui!
I: Interesseiro, he he he. Almoce com a gente, Wagner.
E: Obrigado!
E concordo com isso. Ira sabe cozinhar. Aproveitei para entrevistá-los durante o almoço.
E: Ira, está excelente esse almoço!
I: Obrigada. Faz parte da minha terapia...
E: Terapia??
G: É. Ela tem feito terapia. Ficar nervosa demais começou a maltratar a saúde dela.
I: É. Estou nessa onda de geração saúde. Faço malhação e ioga. Além de comer apenas produtos sem agrotóxicos.
Eu fiquei um tanto quanto confuso. Como assim, Ira fazendo terapia? Ira calma? Desculpe o trocadilho infame.
E: Me explica mais sobre isso, de terapia.
I: Simples. Quando as pessoas ficam nervosas demais, pensam de modo irracional. Muitos conflitos acontecem por causa da raiva. E isso refletia em mim. Comecei a ficar doente. Por isso agora eu faço terapia para relaxar. Quem sabe se eu der o exemplo, as pessoas ficam mais calmas, né.
G: Cara... nhoc! nhoc!... você devia ver como era antes... chomp! nhac!... era feio a situação. Por qualquer coisa, ela já ficava brava.
I: Eu ficava brava com o Gula. Olhe para ele, come muito e não engorda nada! He he he he.
Realmente, Gula é diferente do que eu pensava. Eu imaginava sendo um cara gordo. Mas não, ele é tão magro quanto eu!
G: He he, pois é! Nem eu sei porque sou magro. Como, como, como e nada de engordar!
E: É, você é magro. Parece eu! Aproveitando a deixa, me fale como é ser Gula atualmente.
I: Ué, por que você não fez essa pergunta para mim?
E: Sem querer você já respondeu, he he he.
I: Ahhhh.
G: Então, ser Gula atualmente é muito bom. Nunca o homem produziu tanta comida. Basta ver como tem programas de culinária nas programações das emissoras de televisão! Quantos produtos são feitos para facilitar sua alimentação! É uma prosperidade nunca vista pela humanidade.
E: Mas ainda assim existe pessoas passando fome...
G: Mas isso é devido a problemas políticos, problemas de distruibição. Nunca foi um problema de produção. O homem tem tecnologia para modificar solos para plantação, melhoramento genéticos e outras coisas.
E: Realmente, concordo com você.
Depois disso, conversamos sobre amenidades. Ficamos jogando conversa fora. Desculpe o trocadilho infame de novo.
E: Bem, pessoal, preciso ir embora agora. Obrigado pelo almoço, estava delicioso.
I: Que isso, venha quando quiser!
G: E agora, qual pecado você vai procurar?
E: Não sei ainda.
I: Te aconselho a deixar Arrogância por último. Aquele velho não é nada fácil.
E: Arrogância é um senhor de idade?
G: Sim.
I: E não se assuste com Inveja...
E: E por que eu meu assustaria?
G: Você vai ver. Aguarde...
Depois desse conselho estranho, fui me encontrar com Inveja.
Fui me encontrar com Inveja em um lugar que, com certeza, é um ponto-de-encontro dos que se dizem moderninhos.
Inveja: Olá. Está um pouco atrasado, hein.
Eu: Desculpe, acabei ficando mais tempo do que eu esperava com Gula e Ira!
I: Hunfs, aqueles dois, viu! Eles deviam assumir que se gostam...
Olhe para Inveja por alguns segundos e pensei: "É homem ou mulher?"
I: Sou uma pessoa andrógina.
E: Ahn?
I: Você estava se perguntando se eu sou homem ou mulher. Sua cara revelou seu pensamento. Percebi isso com meus lindos olhos verdes.
E: Mas quem tem olhos verdes é ciúmes¹.
I: Eu sei. Somos parentes e eu sempre invejei aqueles olhos. Agora uso lente para deixar igual, ou melhor.
E: E como é ser Inveja atualmente?
I: Olhe ao seu redor. Está vendo essas pessoas se fingindo amizade? Exibição pura! Sempre alguém terá algo que pode causar inveja em outra pessoa. Todos tem inveja. E qualquer coisa pode causar inveja. Até a felicidade do outro pode causar inveja em alguém!
E: A grama do vizinho é sempre mais verde.
I: Exatamente. Agora, com licença, eu vou me encontrar com Luxúria.
Inveja levantou-se e foi para seu encontro com Luxúria. Eu ainda fiquei um tempo ali, pensando. Me levantei e fui procurar Arrogância.
Ele estava em uma praça, sentado em um banco. Como me disseram, Arrogância é um senhor que aparenta ter 70 anos ou mais. Vestia uma roupa até que elegante. Igual a essas que vemos pessoas idosas usando. Parei em frente dele.
E: Olá, Senhor Arrogância.
Silêncio
E: Senhor?
Ele levantou do banco.
Arrogância: Quem você pensa que é, para querer me fazer perguntas?
E: ...
E foi embora. Fiquei parado, mudo e perplexo com o que acabou de acontecer. Sentei no banco e fiquei olhando para aquele senhor. Foi o melhor modo de Arrogância me mostrar que ele continua o mesmo, não importa a época.
¹ Apelido carinhoso que ciúmes recebeu na peça teatral Othelo, de William Shakespeare.
É uma casa de veraneio, bonita pra caramba! E ela tem um clima que dá uma preguiiiiça. Nunca bocejei tanto na minha vida.
Encontrei Preguiça deitado numa rede, instalado perto de uma piscina. Era bem a imagem que eu tinha em mente. Quando me viu, pediu para que eu deitasse na rede próxima a dele.
Preguiça: Rapaz, mas me deu uma preguiça danada de te cumprimentar melhor, he he!
Eu: Imagino...
P: He he, eu realmente faço jus ao meu nome!
E: Antes que eu faça a pergunta principal, me queria saber como é que você cuida dessa casa. Deve ser cara...
P: E é! Só que um dia eu tive uma idéia de como Avareza poderia acumular mais dinheiro sem gastar tanto. Claro que só iria dizer se eu tivesse participação nos lucros. Ele topou, e aqui estou eu! He he.
E: Realmente, deve ter sido uma excelente idéia.
P: Opa! Sou preguiçoso, não burro.
E: Percebi. Mas me diga, como é ser Preguiça nos tempos atuais.
P: Igual. Não mudou nada desde que o mundo é mundo. Tem os trabalhadores e tem os preguiçosos. Eu costumo dizer que preguiça é igual a papel higiênico. Pode ter os aromatizados, os com folhas duplas, mas o formato original se mantém. A mesma coisa com a preguiça.
E: Nunca pensei dessa maneira.
P: Sobre a preguiça?
N: Não, sobre o papel higiênico.
P: Ahhh. Agora, vou descansar um pouco. Essa conversa me deu uma preguiça, he he he! Aproveite e descanse também.
Aproveitei e descansei também, afinal, ninguém é de ferro! Depois do descanso, fui procurar o meu próximo alvo: Ira.
Ira mora em um apartamento. Dois quarto. Bem classe-média, em um bairro tranqüilo. Entrei no elevador e fui até o andar onde mora Ira. Chegando, toquei a campainha e tive uma surpresa.
Gula: Olá! Você deve ser o Wagner. Entre.
Eu: Oi. Prazer. Você é Ira, não é?
G: Não, eu sou Gula!
E: Gula?!? Ué... achei que Ira morava aqui...
G: Sim, sim. Ela mora aqui. Eu só estou visitando. Somo muito amigos.
E: Ah, legal e... peraí. Ira é mulher?
G: Você achava que era homem?
E: É.
G: Normal. Mas ela é mulher.
Nisso aparece Ira. Longos cabelos molhados, roupa confortável, bonita até.
Ira: Oi. Você deve ser o Wagner. Tudo bem? A gente vai almoçar agora. E modéstia a parte, sou uma excelente cozinheira.
G: É sim! Por isso que sempre venho aqui!
I: Interesseiro, he he he. Almoce com a gente, Wagner.
E: Obrigado!
E concordo com isso. Ira sabe cozinhar. Aproveitei para entrevistá-los durante o almoço.
E: Ira, está excelente esse almoço!
I: Obrigada. Faz parte da minha terapia...
E: Terapia??
G: É. Ela tem feito terapia. Ficar nervosa demais começou a maltratar a saúde dela.
I: É. Estou nessa onda de geração saúde. Faço malhação e ioga. Além de comer apenas produtos sem agrotóxicos.
Eu fiquei um tanto quanto confuso. Como assim, Ira fazendo terapia? Ira calma? Desculpe o trocadilho infame.
E: Me explica mais sobre isso, de terapia.
I: Simples. Quando as pessoas ficam nervosas demais, pensam de modo irracional. Muitos conflitos acontecem por causa da raiva. E isso refletia em mim. Comecei a ficar doente. Por isso agora eu faço terapia para relaxar. Quem sabe se eu der o exemplo, as pessoas ficam mais calmas, né.
G: Cara... nhoc! nhoc!... você devia ver como era antes... chomp! nhac!... era feio a situação. Por qualquer coisa, ela já ficava brava.
I: Eu ficava brava com o Gula. Olhe para ele, come muito e não engorda nada! He he he he.
Realmente, Gula é diferente do que eu pensava. Eu imaginava sendo um cara gordo. Mas não, ele é tão magro quanto eu!
G: He he, pois é! Nem eu sei porque sou magro. Como, como, como e nada de engordar!
E: É, você é magro. Parece eu! Aproveitando a deixa, me fale como é ser Gula atualmente.
I: Ué, por que você não fez essa pergunta para mim?
E: Sem querer você já respondeu, he he he.
I: Ahhhh.
G: Então, ser Gula atualmente é muito bom. Nunca o homem produziu tanta comida. Basta ver como tem programas de culinária nas programações das emissoras de televisão! Quantos produtos são feitos para facilitar sua alimentação! É uma prosperidade nunca vista pela humanidade.
E: Mas ainda assim existe pessoas passando fome...
G: Mas isso é devido a problemas políticos, problemas de distruibição. Nunca foi um problema de produção. O homem tem tecnologia para modificar solos para plantação, melhoramento genéticos e outras coisas.
E: Realmente, concordo com você.
Depois disso, conversamos sobre amenidades. Ficamos jogando conversa fora. Desculpe o trocadilho infame de novo.
E: Bem, pessoal, preciso ir embora agora. Obrigado pelo almoço, estava delicioso.
I: Que isso, venha quando quiser!
G: E agora, qual pecado você vai procurar?
E: Não sei ainda.
I: Te aconselho a deixar Arrogância por último. Aquele velho não é nada fácil.
E: Arrogância é um senhor de idade?
G: Sim.
I: E não se assuste com Inveja...
E: E por que eu meu assustaria?
G: Você vai ver. Aguarde...
Depois desse conselho estranho, fui me encontrar com Inveja.
Fui me encontrar com Inveja em um lugar que, com certeza, é um ponto-de-encontro dos que se dizem moderninhos.
Inveja: Olá. Está um pouco atrasado, hein.
Eu: Desculpe, acabei ficando mais tempo do que eu esperava com Gula e Ira!
I: Hunfs, aqueles dois, viu! Eles deviam assumir que se gostam...
Olhe para Inveja por alguns segundos e pensei: "É homem ou mulher?"
I: Sou uma pessoa andrógina.
E: Ahn?
I: Você estava se perguntando se eu sou homem ou mulher. Sua cara revelou seu pensamento. Percebi isso com meus lindos olhos verdes.
E: Mas quem tem olhos verdes é ciúmes¹.
I: Eu sei. Somos parentes e eu sempre invejei aqueles olhos. Agora uso lente para deixar igual, ou melhor.
E: E como é ser Inveja atualmente?
I: Olhe ao seu redor. Está vendo essas pessoas se fingindo amizade? Exibição pura! Sempre alguém terá algo que pode causar inveja em outra pessoa. Todos tem inveja. E qualquer coisa pode causar inveja. Até a felicidade do outro pode causar inveja em alguém!
E: A grama do vizinho é sempre mais verde.
I: Exatamente. Agora, com licença, eu vou me encontrar com Luxúria.
Inveja levantou-se e foi para seu encontro com Luxúria. Eu ainda fiquei um tempo ali, pensando. Me levantei e fui procurar Arrogância.
Ele estava em uma praça, sentado em um banco. Como me disseram, Arrogância é um senhor que aparenta ter 70 anos ou mais. Vestia uma roupa até que elegante. Igual a essas que vemos pessoas idosas usando. Parei em frente dele.
E: Olá, Senhor Arrogância.
Silêncio
E: Senhor?
Ele levantou do banco.
Arrogância: Quem você pensa que é, para querer me fazer perguntas?
E: ...
E foi embora. Fiquei parado, mudo e perplexo com o que acabou de acontecer. Sentei no banco e fiquei olhando para aquele senhor. Foi o melhor modo de Arrogância me mostrar que ele continua o mesmo, não importa a época.
¹ Apelido carinhoso que ciúmes recebeu na peça teatral Othelo, de William Shakespeare.
Blá blá blá deWagner às 05:31
Marcador: Vale a pena blablear de novo
9 blá blá blás:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0o
SENSACIONAL!!!!!
to de cara!
abração!
Uia... um post longo pacas; geralmente, teria preguiça de ler tudo... mas curti! E LI tudo (como alguém consegue uma proeza dessas comigo, só com uma postagem muito original e chamativa)...
Abraços o/
muito legal
Recordar é viver! :D
haha!
Bacana.
:D
Até eu fiquei bolando personagens pros 7 pecados dpois rsrsrs.
E eu nem sei quais são as 7 virtudes.
O.o
Bjo!
Hahahahahahaha.. legal demais essa de entrevistar os pecados!!!
E já que você falou das sete virtudes, por quê não fazer o mesmo com elas?!
Eu já havia lido \o)
:P
Beijooos
daria um curta muito massa, com cereteza!